Governança Corporativa no ESG: O Pilar Essencial para Empresas Responsáveis e Sustentáveis

No universo em constante evolução do ESG (Environmental, Social and Governance), a Governança Corporativa se destaca como pilar fundamental para empresas que buscam construir um futuro sustentável e responsável.

Mas o que, de fato, se esconde por trás dessa sigla crucial?

Neste artigo, desvendaremos os aspectos da Governança Corporativa no ESG de forma clara e acessível, mesmo para quem não é especialista na área.

Por isso, em resumo, a Governança Corporativa no ESG define os princípios e práticas que norteiam a gestão de uma empresa, assegurando transparência, equidade e responsabilidade em suas operações. É como um manual de boas práticas que garante que a empresa esteja no caminho certo, considerando os impactos sociais, ambientais e, claro, financeiros de suas decisões.

Tudo o que se fala sobre Governança Corporativa envolve decisões corporativas, como futuro da empresa, políticas internas, cultura etc; e, por isso, afeta diretamente quem tem o poder de decisão (CEO, diretores, superintendentes entre outros).

A Alta Gestão da empresa precisa compreender essas questões e sua importância, pois somente compreendendo isso é possível mudar comportamentos.

Portanto, Governança Corporativa são os sistemas para criar regras, políticas e diretrizes para administrar uma empresa, que impacta diretamente nas estratégias.

Ela não é restrita as grandes empresas e companhias de capital aberto, como muitas vezes se pensa. O que é ocorre é que nessas empresas o assunto é obrigatório por força de lei ou regulamentação, porém ela pode, e deve, ser implementada em todas as empresas, claro, com os devidos ajustes.

Existe uma forte correlação entre Governança e Bolsa de Valores, inclusive tendo surgido, ainda que de maneira rudimentar, a partir de 1507 em Londres, onde a relação entre investidores passaram a exigir regras de operação.

Um fato de muito destaque ocorreu na Década de 90, quando o Comitê de Cadbury do Reino Unido escreve seu primeiro relatório de Governança, trazendo aspectos importantes para discussão e evolução do tema. A partir dele, diversos outros relatórios feitos por outras entidades foram temas de debate.

Assim, três grandes marcos:

1) Relatório de Cadbury;

2) Princípios da Governança para a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico);

3) Lei SOX (Lei Sarbanes-Oxley) definindo políticas de boas práticas, após o emblemático caso de fraude envolvendo a empresa Enron Corporation.

O maior objetivo da Governança Corporativa é contribuir para a perpetuidade das empresas, através da aplicação de Boas Práticas e Transparência.

No Brasil:

Por usa vez, no Brasil a Governança começou a ganhar força nos anos 60, com a criação de um fundo governamental para as pessoas investirem, avançando posteriormente com a criação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em 1976 e a Lei das SA’s.

Além disso, em novembro de 1995 foi fundado o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), que definiu os seguintes princípios básicos de Governança:

a. Transparência: disponibilizar as informações sobre suas atividades, decisões e resultados de forma clara, acessível e frequente as partes interessadas;

b. Equidade: tratamento justo e isonômico as partes interessadas, tratando todos os stakeholders com respeito e justiça, independentemente de suas características ou posições.

c. Prestação de Contas / Accountability: todos devem explicar o que fizerem, como fizeram e porque fizeram ou tomaram determinada ação/escolha, como mecanismos de controle e auditoria que garantem a confiabilidade das informações divulgadas e o cumprimento das leis e normas.

d. Responsabilidade Corporativa: os representantes devem zelar pela viabilidade econômica, financeira, compromisso e continuidade das empresas, inclusive assumindo a responsabilidade por seus impactos na sociedade e no meio ambiente.

É interessante notar que esse aspecto “d” envolve indiretamente os demais atributos do ESG (ambiental e social), visto que esses itens se entrelaçam ao se referir a “responsabilidade”.

Benefícios da Governança Corporativa no ESG:

Ao implementar uma boa Governança Corporativa no ESG, as empresas colhem diversos benefícios, como:

Aumento da credibilidade e reputação: Uma empresa com boa Governança Corporativa no ESG é vista como mais confiável, transparente e responsável, o que gera maior credibilidade junto a stakeholders e impacta positivamente sua imagem no mercado;

Melhoria na gestão de riscos: A Governança Corporativa no ESG auxilia na identificação, avaliação e mitigação de riscos sociais, ambientais e de governança, contribuindo para a estabilidade e o sucesso da empresa a longo prazo;

Atração de investimentos: Investidores cada vez mais buscam empresas com forte compromisso com o ESG, o que torna a Governança Corporativa um fator crucial para atrair capital e oportunidades de negócio;

Engajamento de colaboradores e clientes: Uma empresa com boa Governança Corporativa no ESG tende a ter colaboradores mais engajados e satisfeitos, além de clientes fiéis que valorizam as práticas sustentáveis e responsáveis;

Promoção da sustentabilidade: A Governança Corporativa no ESG contribui para a construção de um futuro mais sustentável, impulsionando práticas que beneficiam o meio ambiente e a sociedade como um todo.

Dito isso, ressalta-se que implementar uma boa Governança Corporativa no ESG não é apenas um dever, mas sim uma oportunidade para as empresas se destacarem no mercado, construírem um futuro mais sustentável e contribuírem para uma sociedade mais justa e equitativa. Ao abraçar os princípios da Governança Corporativa no ESG, as empresas demonstram seu compromisso com o presente e com as gerações futuras.

E se você perdeu as primeiras partes desse artigo, definindo e explicando o que é ESG, meio ambiente e social, ou quer saber mais do assunto, clique abaixo e leia na íntegra os outros artigos.

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